<$BlogRSDURL$> My Pocket Show

segunda-feira, 27 de abril de 2009


Vira, virá, virou!


Me xinguem, me odeiem, me deem um tiro. Como deixo o My Pocket Show sem posts por mais de um mês? Bom, isso pode doer em mim ao admitir que estive com a cabeça nos ares com trabalhos e com uma pitada de indisposição criativa. Sabem como é, até nossos mais célebres ídolos passam por uma fase dessas, mesmo eles não podendo, pois os fãs são sempre exigentes (êpa, não estou sugerindo que tenho fãs, ok?!).

Mas, indo direto ao ponto - que no nosso caso é e sempre será a música -, digo que andei dedicando meus ouvidos à bandas clássicas e mainstream e digo: descobri maravilhas! Nessas últimas duas semanas, viajei do grunge ao indie folk, intercalando um sonzinho mais pesado aqui ou ali. Serei mais específica: andei baixando músicas do Alice in Chains e Rage Against the Machine ao mesmo tempo que deixava uma listinha de faixas do Beirut na espera. E quando digo "algo mais pesado" é porque escutei, cantei e berrei um pouquinho de System of a Down. Ok, até eu concordo que é uma salada sonora e que essas bandas nem tem tanto a minha cara, mas pude conhecer melhor o que já havia por aí desses caras. Quanto ao Beirut, mordi a língua ao ouvir os dois álbuns do grupo, pois, antes, sem nem conhecer, achava uma besteira.

Onde quero chegar com essa revelação? Bom, a verdade é que neste final de semana, nos dias 02 e 03 de maio, rola a movimentada Virada Cultural de São Paulo. O evento, como muitos bem sabem, reúne desde artistas super queridos e conhecidos de nosso país àqueles que ainda estão ganhando espaço nos palcos. Ou seja, é legal "reouvir" alguns veteranos e provar o que está começando a surgir no cenário.


Pode parecer batido falar sobre a maratona artística paulistana, mas o que muitos ainda não sacaram é que essa é uma oportunidade interessante de digerir cultura de boa qualidade, conhecendo a gigantesca metrópole que nos cerca e ainda interagindo com os mais diversos públicos. Tudo de graça. Sei que alguns vão dizer que a “sujeirada” de certas áreas do centro e alguns indivíduos inconvenientes atrapalham a diversão, porém continuo achando válido participar.

Isto posto, vamos às atrações: Marcelo Camelo, Cordel do Fogo Encantado, Zeca Baleiro, Novos Baianos (!!!), Maria Rita, Reginaldo Rossi, Velhas Virgens, Matanza, Vanguart, CPM 22, Nação Zumbi, Nasi, Curumim, entre muitíssimos outros (para a programação completa, clique aqui). Vejam que, para mim, o destaque fica para o palco que homenageará o rei, a metamorfose ambulante, a mosca da sua, da nossa sopa: Raul Seixas. Sim, queridos, um palco chamado “Toca Raul”, fazendo as honras dos 20 anos de sua morte. Para a ocasião, serão 19 bandas se apresentando na Avenida Cásper Líbero, tocando todos os álbuns do Raulzito na íntegra. Os responsáveis pela abertura do espaço serão os amigos da banda “Os Panteras”, às 18h do sábado.

Eu, francamente, poderia escrever páginas e páginas sobre o evento, mas acho que a dica está dada. Vale lembrar, inclusive, que a Virada oferece também apresentações de teatro, dança e outras performances, além de sessões de cinema e espaços com instalações, exposições e intervenções. Tudo isso contando que, para essa edição, a Prefeitura de São Paulo fez um corte de um terço da verba do ano passado. Mais um motivo para aproveitar o esforço em manter as mais de 24 horas de cultura e entretenimento. É só escolher o quê, quando e onde, pessoal. Vão, porque eu já fui!
Postado ao som de "Nantes", por Beirut.

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Postado por Adriana Douglas às 16:22